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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Por isso… Espero!

Espero de madrugada, sem mais esperar de mim próprio, pela certeza do início do dia.
Como as ondas que percorrem a imensidade do mar (desse mar que desagua e cobre o meu corpo quando o dilacero no decorrer do dia),
Sofrendo pela irremediável chegada à costa e a dura realidade do fim,
Os meus sentimentos por ti sucumbem, não na areia,
Mas num solo impenetrável, sem nunca se proceder ao seu escoamento…

Por isso, as ondas, no seu testamento, deixam a imensidade pela areia toda.
Por isso, o que sinto por ti está no chão.
Eu não tenho a imensidade do mar.
Também se a tivesse, ninguém a receberia!

E enquanto passa a noite, vou rebolando pela areia, sarando as feridas com a espuma das ondas,
Buscando a imensidade que nos separa…

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