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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Exilado Afectivo

Por entre esta luz soluçante que ilumina
A imensa escuridão da minha existência,
Fui gastando os meus dias procurando as tuas mãos,
Crendo incondicionalmente na sua valentia.

Pôde o Mundo servir-se da minha ingenuidade, pudeste tu perante mim, deturpar a tua imagem, Que eu, como que um exilado afectivo, busquei sempre o aconchego dos teus braços
E o calor do teu corpo…
Fui acumulando dias na nefasta travessia que efectuei
E nem de longe senti o estremecer do teu coração!
A luz ia esmorecendo e eu que escrevia o teu nome na areia molhada, pressentia que mais cedo ou mais tarde o mar nos uniria…
Uma pequena onda apagou o teu nome da minha vida
E a luz voltou a brilhar…

Agora relembrando a carícia daquela mão, que sempre foi a minha,
Sei que a luz que me vem iluminando é o resultado da minha preserverança na busca doentia do desconhecido…

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