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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Anarquia

Sentir a anarquia do meu carácter,
Julgar a dúvida do meu comportamento, é a forma de me olhar e viver coagido no mundo!

Amanha não vou trabalhar.
Vou sair pela mata, restaurar a independência do meu espírito e chutar pedras!
Não gosto que me imponham leituras, me incitem ao estudo
E não gosto porque EU é que me coordeno.
(Não gosto de livros, por isso!) (Na verdade, aquilo que me vincula ao mundo é o desejo de escrever.)
Que importa a incoerência, se encontrando ou não pedras, eu chuto a minha personalidade, chuto-a com tal força que chego a ter pena… do que escrevi.
O que é o drama, o pessimismo para alguém que altera todo o seu plano diário para restaurar a sua independência e segue pela mata chutando pedras!Ser ridículo é uma anormalidade?
Que importa a uma pedra se o pé que a chuta para longe, a afasta da sua comunidade (se a houver),
Tem ou não em si a loucura da vida, sente ou não a exaltação da filosofia, chora ou ri antes de adormecer, vive ou está morto em si, sem possibilidades de ressuscitar?
Que faço eu, que não redicularidades enquanto penso e sofro por isso…
Há algum código para travar as lágrimas no momento do suicídio?
Vivo consciente, crendo na certeza do inconsciente!

Amanha vou chutar pedras pela mata.
Durante a minha vida chutei o meu modo de existir e vivo triste por isso.
Estar contente é ter a felicidade inconsciente!

Hoje estou particularmente resignado.
Porque choro enquanto sorrio?
Gosto de questionar as lágrimas quando se vertem por grandes alegrias.

Por detrás do nevoeiro tudo que brilha são lágrimas…
Questionar tudo, relativizar tudo!

Não quero que a minha poesia fique pela metade.
Seria uma grande afronta a alguém que nunca se iniciou em nada!

(Sabe bem travar a impetuosidade dos homens quando eles julgam que podem alcançar a verdade pela via da revolta interior…
É bom que eles compreendam que toda a sua força física e ideológica se esgota a cada dia.
EU sou a natureza do Homem, o fim, o limite, o reinício da vida…
Sou o sono, o funeral do dia-a-dia!)

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