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terça-feira, 23 de junho de 2009

O Filho da Morte

O meu problema sempre foi o absoluto!

No dia que nasci, a morte cumpriu-se em mim.
Gastaram-se as lágrimas duma só vez!
Senti saudades do futuro por não ter passado nem presente...
Quem tem o universo não precisa ter nacionalidade!
E quem a tem está preso perpétuamente dentro de si.
Daí os suicídios...
Amei inigualavelmente sem me apaixonar uma única vez!
Atingi logo aquele estado em que se quer o outro como um irmão, desejando-o carnalmente sem cessar...
Fui socialista antes de capitalista, revolucionário sem ser reformista...
Vivi numa sociedade sem classes sem conhecer a União Soviética!
Escrevi o infinito, humanizei o visionarismo e discursei perante multidões eufóricas ante o meu trajecto...
Fiz da utopia a verdade da Existência!

Ressuscitei e não me conformo com a relatividade das coisas...

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